terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Opinião de Perfeito Fortuna sobre o prédio da Eletrobras




A possibilidade da revitalização de um sonho
Perfeito Fortuna – Administrador da Fundição Progresso

Desde que viemos para cá, há 28 anos, sonhamos em ser parte dessa realidade. Sonhamos que seríamos o prosseguimento daquela área onde esta localizado o BNDES e a Petrobras. O tempo, entretanto, nos fez perceber que há uma travessia imaginária, um abismo de valores entre a Av. Chile e a Praça dos Arcos. Do lado de lá, tudo é bem cuidado com ares de civilização. Do lado de cá, a realidade é oposta e caótica. Às vezes observo tudo isso e me questiono: “O que é a Lapa”?
Quem se opõe ao prédio e cria argumentos para que essa área não evolua, não convive com o que convivemos. Não tem como vizinhos terrenos baldios, mendigos, ruas sujas, abandonadas e sem iluminação. Uma área propícia à vagabundagem, e um habitat perfeito para o mosquito da dengue. São terrenos da Rio Previdência que se transformaram em estacionamentos terceirizados. Pessoas sem nenhum compromisso de melhorar o que quer que seja. Isso faz com que tudo isso se transforme numa terra de ninguém, onde ninguém precisa assumir rigorosamente nada.
A Lapa cresceu e o Poder Público não acompanhou esse crescimento e, nisso, reside a complexidade. Não critico o governador ou o prefeito. O problema não é exatamente deles, é de uma máquina que não funciona. Eles não têm dinheiro para resolver todos os problemas da cidade e trabalham com prioridades emergências e a Lapa nunca foi uma prioridade emergencial nem dos atuais governantes, nem de seus antecessores.
Se o poder público não consegue assumir, temos que comemorar se um vizinho poderoso que chega com disposição de investir nessa área. Todos gostam da Lapa, admiram a Lapa, mas ninguém cuida da Lapa. Quando alguém se interessa e a coisa pode efetivamente mudar, pessoas que não vivem aqui, que não enfrentam o que enfrentamos buscam argumentos para se opor à idéia. Dizem que essa é uma área cultural, tombada, preservada e que por isso não pode se fazer nada e, blá,blá, blá....
Que conversa é essa, que cultura é essa? Como pode uma área deserta, cheia de mosquito, terrenos baldios, ruas esburacadas e abandonada ser cultural? Estamos falando exatamente da cultura de quê? Da Cultura do mosquito, da vagabundagem, do vandalismo, do esquecimento?
A construção desse prédio, é um presente para a Lapa, para a Copa do Mundo, para as Olimpíadas, e para a cidade como um todo. Sou absolutamente favorável.

0 comentários:

Postar um comentário

  ©Jornal Capital Cultural - Todos os direitos reservados.

Template by Dicas Blogger | Topo