sábado, 14 de maio de 2011

XI Aniversário do Jornal Capital Cultural

Jornal Capital Cultural
festeja seu 11º aniversário e
prem
ia os melhores shows de 2010.


Numa noite tipicamente lapiana, o jornal Capital Cultural comemorou o seu 11º aniversário no último dia 26 de abril e, na ocasião, promoveu a entrega dos prêmios dos melhores shows realizados nas principais casas noturnas do Centro do Rio Antigo em 2010.


A festa aconteceu no Carioca da Gema, uma das mais importantes da Lapa, que, curiosamente, também chegará ao seu décimo primeiro aniversário em julho, tendo colaborado decisivamente neste período para a revitalização do denominado Novo Rio Antigo.


A escolha dos melhores shows do Centro da cidade é realizada pelo jornal Capital Cultural há oito anos, e o corpo de jurados é formado por funcionários de cada uma das casas. Participaram da escolha proprietários, produtores musicais, produtores culturais, garçons, iluminadorese todas as pessoas que direta ou indiretamente têm a possibilidade de acompanhar quase que em sua totalidade os shows.


Aos mestres com carinho

Paulão 7 Cordas e Zé da Velha

recebem Troféu Excelência Musical


O prêmio excelência musical foi concedido a dois dos mais conceituados músicos do cenário lapiano, carioca e brasileiro: Paulão 7 Cordas, que, além de excelente violonista – para muitos o melhor da cidade –, é um dos produtores mais importantes nos últimos anos.

É dele, por exemplo, o trabalho pioneiro de registrar o repertório das velhas guardas, como Mangueira, Portela e Império Serrano. Além disso, participou da orientação musical de trabalhos de grandes sucessos, dentre eles, os discos “Samba de Fé” (Dorina), “Batucando” (Moacyr Luz), “Versátil”, (Nelson Sargento) e Uma Prova de Amor (Zeca Pagodinho).


O segundo prêmio Excelência musical foi concedido a Zé da Velha, que completa este ano 50 anos de carreira. O apelido de Zé da Velha surgiu porque, mesmo com apenas 17 anos, ele já tocava ao lado de figuras como Pixinguinha, Donga e João da Baiana no conjunto Velha Guarda, que existiu até 1958. De Zé da Velha Guarda para Zé da Velha foi um pulo.


Durante a carreira, tocou ao lado de quase todos os grandes mestres da MPB, dentre eles, Jacob do Bandolim, Joel Nascimento, Abel Ferreira, Waldir Azevedo, Copinha e Paulo Moura. Desde o ressurgimento daLapa, já tocou em praticamente em todas as casas, sempre ao lado do fiel amigo e companheiro Silvério Pontes, parceiro há 25 anos, garantia degrandes shows e de excelente qualidade musical.



Troféu “Orgulho Contemporâneo”

empolga e causa emoção


Este ano, o jornal Capital Cultural decidiu criar o prêmio “Orgulho Contemporâneo”, concedido a o cantor e compositor Jards Macalé e ao psiquiatra Paulo Amarante. A partir do próximo ano, os ganhadores deste prêmio serão escolhidos através de votação, sendo concedido às pessoas de destaque na sociedade, como os dois personagens agraciados.

A trajetória profissional de Jards Macalé é admirável por sua obra musical e por sua postura política, já que sempre questionouo autoritarismo e lutou para que tivéssemosum país mais democrático. No período da ditadura militar,por exemplo, era comum agentes da inteligência da polícia baterem na porta dacasa de Macalé e dizer que ele estava muito “assanhadinho” e que seria levado para tomar um banho na Baía da Guanabara.


Conta a lenda que o deputadoRubens Paiva, opositor aos militares e que desapareceu misteriosamente, teria sido jogado de um helicóptero na Baía da Guanabara. Neste período, onde a repressão era um fato comum, pessoas eram tiradas de suas casas e desapareciam. A expressão “dar um passeio na Baía da Guanabara” era motivo de medo e grande temor.


Indignado com as constantes visitas do militares, alugou uma barca que faz a travessia Rio-Niterói, convidou a impresa, muitos amigos, músicos, artistas, intelectuais e os próprios agentes da policia e fez um show de madrugada na Baía da Guanabara. Terminado o show, contou das ameaças que sofria e avisou: “Não precisam me jogar na Baía da Guanabara, eu mesmo pulo” – e se atirou na água gelada.


Outro momento especial na vida do cantor, e importante para a redemocratização, foi quando Jards Macalé organizou e dirigiu o show “O Banquete dos Mendigos”, gravado ao vivo no dia 10 de dezembro de 1973 no Museu de Arte Moderna do Rio Janeiro em comemoração aos 25 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Antes de cada música, era lido um dos artigos dos direitos humanos criado pela ONU. Deste show participaram grandes nomes da música brasileira, como Paulinho da Viola, Jorge dos Santos, Edu Lobo, Chico Buarque, Raul Seixas, MPB 4, Luis Melodia, Milton Nascimento,Dominginhos, Gal Costa,Gonzaguinha, Johnny Alf e outros.

Por sua audácia, coragem e criatividade, Jards Macalé, muito justamente, mereceu o troféu “Orgulho Contemporâneo”.


Outro contemplado com o troféu foi o psiquiatra Paulo Amarante , que da década de 1980 iniciou, juntamente com outros profissionais da área, o “Movimento Antimanicomial no Brasil”. Ao propor mudanças num a estrutura tão fechada, quase intocável, e onde muitos se beneficiavam, Amarante chegou a ser ameaçado e duramente criticado.


Apesar de todas as adversidades, não cedeu, e continuou a sua luta, cuja proposta era acabar com os hospícios, considerados “verdadeiras casas de loucuras etorturas”, com choque elétrico , remédios excessivos e falta de nexo. Isto sem contar a permanente solidão nosquartos e corredores dos hospícios.


Amarante colaborou decisivamente para ruptura doque antes existia, e hoje o Brasil é considerado um dos países mais avançados no que se refere ao tratamento psiquiátrico. A iniciativa deste grupo do qual Amarante fez parte possibilitou o surgimento da inserção de pessoas consideradas portadoras de deficiência mental na sociedade.

Paulo Amarante continua sendo um incentivador da integração dos portadores de qualquer distúrbio mental na sociedade e se transformou numa das maiores autoridades do assunto. Os livros que lançou estão esgotados.



Perfeito Fortuna recebe o

Prêmio “Destaque Cultural”

Joaquim “Gente Boa”

o de “Amigo do Rio Antigo”


O produtor Cultural e presidente da Fundição Progresso Perfeito Fortuna, pelo conjunto da obrae pela obra em seu conjunto recebeu o prêmio “Destaque Cultural do Rio Antigo”.


A Fundição Progresso, administrada por Perfeito, é hoje um dos principais espaços culturais da cidade e muito mais que uma casa de show ali são realizados diversos cursos e possibilidades profissionais para estudantes da rede pública nas mais diversas áreas.


Além disso, Perfeito se preocupa com a preservação da memória de nossa cultura. No período de carnaval, por exemplo, na Fundição, se realizam cursos de fantasias e adereços. No período de festas juninas, são realizados cursos de gastronomia que ensina aos interessados a prepararem comidas típicas,como arroz doce, quentão, bolo, paçoca.


Joaquim Ferreira dos Santos, que escreve diariamente a coluna “Gente Boa”, no Jornal O Globo é uma unanimidade entre comerciantes, empresário e moradores do Centro. Por sempre colaborar com o bairro recebeu o troféu “Amigo do Centro”.



Um brinde ao

Capital Cultural


Elói Ferreira

*Presidente da Fundação Palmares e

Ex-Ministro das Relações Raciais



“Quero brindar de forma muitacarinhosa ao Jornal Capital Cultural. Lembro muito bem do início do Jornal e fico muito honrado em saber que ele existe econtinua circulando. Quantos conseguiram se manter em pé? Era um jornal pequenininho, com poucas páginas e hoje vejoeste jornal como exemplo de vitória.


O Capital Cultural se tornou umveículo necessário para o Centro da cidade e consequentemente para a população carioca.E digo mais: ao longo destes anosli diversas entrevistas, matérias e reflexões com pessoas que atuam em prol das questões relacionadas à cultura, à política, àcidadania e à igualdade racial, e não tenho dúvidas, que isso colaborou para termos um país com mais igualdade e menos preconceituoso.


O jornal sempre procurou trazer informações sem sectarismo, sempre procurou elogiar e criticar a administração municipal e os diversos cenários da sociedade carioca de forma muito isenta e isso merece reconhecimento, respeito e elogios. Acompanhei de perto o processo de construção e do êxito deste jornal e percebo que a sua trajetória é semelhante à da população negra na sociedade brasileira. É sempre muito difícil. O jornal e você, Virgílio, muito particularmente, representam este sonho de deixar a senzala e ingressar na casa grande”.



Depoimentos


Thiago Alvin

Proprietário do Carioca da Gema


“Tenho muito orgulho que esse prêmio seja realizadoaqui no Carioca da Gema. O Jornal CapitalCultural sempre foi umparceiro de todas as casas do Centro epor sua credibilidade se transformou no órgão que representa nossa voz e nossos anseios. É um veículo que se tornou indispensável e de suma importância para o Centro da cidade. Como dizemos muito carinhosamente: é o nosso jornal”.



Deborah Cheyne

Presidente do Sindicato dos Músicos.


“Temos muito orgulho de sermos parceiros do Jornal Capital Cultural. É um jornal feito com seriedade, que atende aos anseios dos músicos, que nos deixa muito bem informados sobre a produção cultural e os problemas do Centro da cidade. Todos do Jornal, muito especialmente o Virgílio, estão de parabéns. Vida longa ao Capital Cultural”



Áurea Martins

Cantora


“Não há o que falar. Apenas agradecer ao Virgílio não só pelo troféu, mas principalmente pelo carinho, pela atenção a nós que trabalhamos com a música e, principalmente, parabenizá-lo pelo trabalho que realiza. É uma pessoa muito querida, e tenho orgulho em ser sua amiga”.






Moyséis Marques


Cantor e compositor.


“Desde o início de minha carreira sempre tive no Jornal Capital Cultural um veículo que me apoiou e divulgou meu trabalho. É bom vivermos numa área culturalmente tão intensa, com muitas possibilidades e, termos músicos, casas, empresários e um jornal que divulga nosso trabalho. Sou grato pelo espaço que sempre me deram e do fundo de meu coração, torço para que o Jornal obtenha cada vez mais sucesso e me coloco à disposição do jornal para o que precisarem”.



Jards Macalé

Cantor e compositor


“Se num passado recente enfrentamos um tempo pesado e sombrio, com os militares, te mos que ficar atentos, pois agora vivemos um tempo muito esquisito, onde não entendemos direito o que esta acontecendo. Mas estou feliz com esse prêmio. Achei a idéia genial que, poderia até se transformar numa grife chamada“Orgulho Carioca”, pois na medida em que envelheço descubro cada vez mais que meu negócio é mesmo o Rio de Janeiro. Estou cada vez mais apaixonado por essa cidade e fico contente que tenhamos um jornal que fala de nossa cidade de forma tão carinhosa”.



Noca da Portela


Cantor e compositor


“Gosto muito deste jornal. O Virgilio, muito especialmente, é uma pessoa atenciosa, simples e que nos atende com muito carinho. Desejo a ele e a todos do jornal toda felicidade do mundo. É um jornal que fala sério e não fica brincando com a notícia e nem puxando saco de ninguém. Tomara que cresça e prospere cada vez mais, pois precisamosde veículos assim”.



Paulão 7 Cordas

Violonista e Produtor Musical


“Fico muito feliz por este prêmio e ainda mais feliz por recebê-lo das mão do Virgílio que é uma pessoa da qual eu tenho prazerde ser amigo. Vejo sua luta e admiro seu trabalho.Gosto do Jornal, acho um importante veículo de comunicação para a cidade e muito especialmente para o Centro e Santa Teresa e, me colocoà disposição para o que precisarem. É muito bom ver pessoas que realizam trabalhos com coragem, dignidade e seriedade”.



Leo Feijó

Grupo Matriz

“É bom termos um jornal que nos divulga, que fala de nossas casas e que sempre nos coloca informado sobre as coisas que acontecem no Centro. Isso tudo é muito bom,mas melhor que tudo isso, é podermos acreditar em um jornal por acreditamos na pessoa que faz este jornal e pela qual temos grande admiração. Parabenizo ao Virgílio por este belo trabalho que realiza” .



Plínio Fróes

Rio Scenarium


“É uma alegria muito grande participar desta festa, pois essa é a festa de uma pessoa dedicada, corajosa e vencedora. O Jornal Capital Cultural não é mais uma promessa, é uma realidade que há 11 anos circula e nos informa sobre as coisas que acontecem neste território tão particular e tão nosso, que é o Centro da cidade. Fico feliz por termos esse veículo, na verdade um pouco da extensão de cada um de nós.

Prosperidade ao Capital Cultural”.



A “Nova Lapa” cultua

seus heróis, artistas e cabeças


Por Luis Turiba

Jornalista



O bairro boêmio da Lapa deu uma paradinha no início da noite da última terça-feira, dia 26, para refletir sobre seus feitos efeitos e agitos e, também – afinal, ninguém é de ferro - para fazer um cafuné na própria cabeça e dourar o próprio ego, pois se ninguém faz nos fazemos por nós.


A festa foi no Carioca da Gema, tradicional casa de show da Rua Mem de Sá, onde o jornalista Virgílio de Souza, editor do Jornal Capital Cultural, entregou um singelo e significativo troféu – um bondinho passando por cima dos Arcos - para um monte de gente importante no pulsar cultural da Lapa.


Estive lá a convite do cantorMakley Mattos, uma das atuaisvozes do histórico bairro, e curti muito a celebração. Ali, naquele mesmo ambiente comandado por Thiago,a gente se esbarra e encontrava com Noca da Portela, Dorina,Perfeito Fortuna,Paulão Sete Cordas,Áurea Martins, Pedro Ernesto do Bola Preta e Macalé que levou o troféu “Orgulho Contemporâneo”, um dos mais elevados da noite .

No seu “pronunciamento”, Macal foi logo avisando: “o Brasil está esquisito pra caralho, mas vamos continuar construindo uma nação”. Outro que fez “pronunciamento ” avançado foi Perfeito Fortuna, responsável pela instalação do Circo Voador na Lapa e depois pela Fundição Progresso. Ele é o tal tem nome e sobrenome de alto astral e faz justo a marca que lhe deu vida.“É isso! Quero que todo mundo se dê bem mesmo. As pessoas vieram ao mundo para se dar bem e que sejam felizes. Comigo não tem esse negócio de puxar pra baixo não”.

Foi aplaudido depé e no final ainda ganhou de Virgílio um arranjo de plantas com sete ervas protetoras. Salve Virgílio, que você continue em vigília pela sonora e dançante Lapa.


Melhores Shows de 2010


Pelo oitavo ano consecutivo o Jornal Capital Cultural elege os melhores shows realizados nas principais casas do Centro Histórico do Rio de Janeiro. Ao contrário da escolha dos melhores espetáculos do a no que acontecem em alguns veículos de comunicação, o Corpo de Jurados convidado pelo Capital Cultural em cada uma das casas, é composto por pessoas diretamente ligadas a essas casas. Nosso júri é formado por proprietários e funcionários de cada uma desses espaços, num universo que compreende produtores culturais, iluminadores, garçons, músicos e demais pessoas ligadas diretamente a cada uma das casas.


Face a pluralidade e a qualidade musical encontrada no Centro da cidade, em momento algum pensamos em eleger o melhor show dentre todas as casas. Estamos convencidos de que pelo número de shows que cada uma dessas casas apresenta anualmente, ser escolhido o melhor, já se constitui numa grande vitória.


Este ano, se somadas todas as casas, computamos um núm ero de 265 votantes. Um número expressivo e altamente relevante. Quer emos parabenizar aos vencedores, desejar sorte em suas respectivas carreiras e aguardar o próximo ano, quando esse júri muito especial, mais uma vez estará elegendo os melhores de 2011.


Prêmiação Especial

Troféu Orgulho Contemporâneo
Jards Macalé e Paulo Amarante

Moacyr Luz recebeu com um ano de atrado seu troféu, uma vez que apontado como o melhor show realizado na Gafiera Estudantina em 2009

Excelência Musical

Paulão 7 Cordas e Zé da Velha

Destaque Cultural
Perfeito Fortuna


Amigo do Rio Antigo
Joaquim Ferreira dos Santos

Premiação Especial
Troféu concedido pelo Sindicato dos Múisicos
Grupo Semente por ter sido um dos pioneiros na renovação musical no Centro do Rio Antigo (Na foto, Deborah Chaenne do Sindicato dos Músicos e Thiago do Grupo semente)


Melhores Shows de 2010


Café Cultural Sacrilégio


Formado em 1996, o Grupo Roda de Bamba vem se firmando nas muitas casas que se apresenta e já começa a ser apontado como uma das principais atrações e uma das maiores revelações do samba carioca. No Sacrilégio, foi apontado como o melhor show realizado em 2010.


Sempre com um repertório variado e em sintonia com o público , o Roda de Bamba, além de composições próprias, canta sucessos de Zeca Pagodinho, Fundo de Quintal , Beth Carvalho, Martinho da Vila, Arlindo Cruz e Paulinho daViola, e realiza ainda, releituras para sucessos de Marcelo D2, Seu Jorge e João Bosco dentre outros. Na segunda colocação ficou o Grupo Bohemia Carioca. Na foto, Lucas proprietário do Sacrilégio, entrega foto ao representante do Roda de Bamba.


Carioca da Gema


Apontado como uma das grandes revelações do samba carioca Moyséis Marques foi indicado como melhor show realizado no concorrido palco do Carioca da Gema. O cantor e compositor já gravou dois CDs , o primeiro, o álbum homônimo “Moyseis Marques” em 2007 pela Deckdisc, eo segundo, “Fases do Coração”, em maio de2009. Do segundo disco, viu explodir nas paradas a música “Pretinha Jóia Rara”, de sua autoria e que fazia parte da trilha sonora da novela “Caminho das Índias”, da Rede Globo.


Apesar de ainda jovem Moyseis já fez história no universo musical carioca. Foi fundador das bandas “Forró na Contramão” e do Grupo Casuarina. Participou ainda, das bandas “Casa Quatro”, “Rio Maracatu”e “ Tempero Carioca”. O projeto de sua autoria, denominado “Moyseis Marques e a família” revelou as cantoras Patrícia Oliveira e Elisa Addor. Na segunda colocação com o mesmo número de votosterminaram empatados Richars e Ana Costa e Luiza Dionísio

Centro Cultural Carioca
No Centro Cultural Carioca o grupo apontado como aquele que realizou o melhor show de 2010 foi o Sururu na Roda. O grupo que surgiu em 2000 em encontros nos jardins da UNIRIO, ganhou experiência, qualidade musical e, dez anos depois, se firmou como um dos principais destaques no universo do samba no Rio de Janeiro.


Uma das grandes marcas do grupo é sua sonoridade que expressa diferente nuance de timbres. Isso ocorre com muita naturalidade pelo fato de seus integrantes serem cantores e instrumentistas, cada um proveniente de um contexto musical diferente, trazendo para o grupo sua bagagem e suas influências. O resultado é uma grande mistura dos gêneros da música brasileira e uma verdadeira miscigenação musical. Na foto, Isnard Manso, um dos sócios do Centro Cultural carioca entrega o troféu a Nize Carvalho, do Sururu na Roda.

Circo Voador




O cantor e compositor Marcelo D2, que decidiu fazer uma homenagem ao inesquecível e saudoso Bezerra da Silva, foi apontado como o melhor show realizado no Circo. Irreverente e autor de músicas polêmicas que sempre retratam questões sociais, Marcelo D2, cria da Lapa, como ele mesmo coostuma dizer, se tornou um dos principais no mes da música brasileira.

Vencer no Circo Voador é sempre uma façanha especial em razão da variedade e da qualidade musical dos grupos que ali se apresentam.

Cordão da Bola Preta

A cantora Áurea Martins é um desses nomes que em se tratando de qualidade musical dispensa comentários. É reconhecida e apontada por figuras consagradas e estudiosos da MPB, dentre eles, Hermínio Belo de Carvalho e também por praticamente todos os jovens valores do samba da cidade como uma de nossas principais cantoras e uma das vozes mais belas no cenário da música nacional.


O Show que realizou no Cordão da Bola Preta em homenagem a Elizeth Cardoso, foi apontado quase que por unanimidade como o melhor realizado naquela casa em 2010. Com dois discos gravados e hoje se apresentando ao lado da Orquestra Lunar, Áurea Martins, com seus 68 anos, continua sendo umas das musas de nossa música e sempre realizando apresentações memoráveis.

Estudantina Musical

Cantora reconhecida e de grande

prestígio Dorina foi apontada como o melhor show realizado em 2010 na Gafieira Estudantina Musical. Cantora conceituada e com um aprendizado que se iniciou nos blocos carnavalescos do subúrbio, lançou em 1996 seu primeiro disco, “Eu Canto Samba”, que recebeu o prêmio Sharp daquele ano na categoria Revelação Samba.


O segundo CD, “Samba.com”, saiu em 2000, desta vez com direção musical de Paulão 7 Cordas. No momento Dorina trabalha o lançamento de seu mais novo trabalho, o Cd “Brasilieirice" que vem sendo muito elogiado pela critica e pelo público.


Outros momentos marcantes na carreira foi a participação no “Coisas Nossas” (tributo a Noel Rosa) e, posteriormente, o show “De Paulo a Paulinho”, contando através de sambas a história da Portela, de Paulo da Portela e Paulinho da Viola. Além disso, foi uma das criadoras do Bloco Suburbanistas, onde se apresentava ao lado de Mauro Diniz e o memorável Luis Carlos da Vila.

Fundição Progresso


Num ano em que passaram grandes atrações nacionais e internacionais pela Fundição Progresso, Lenine que realizou uma apresentação esplendorosa e marcante, foi apontado como o melhor show do ano, na casa.


Considerado um dos maiores valores da música brasileira o cantor dispensa comentários em razão de sua trajetória profissional e de sua qualidade musical, demonstrou no show que vem se renovando a cada trabalho e mantendo o prestígio junto a seus muitos fãs.


Mangue Seco

Preservar as raízes culturais do mais verdadeiro e genuíno samba. Esse o objetivo principal da Turma do Estácio, escolhida como melhor grupo do ano na Cachaçaria Mangue Seco. O grupo que se apresenta em diversas casas da cidade vem obtendo grande sucesso. Formado no Estácio, um dos principais berços do samba carioca trazem no variado repertório nomes que fizeram e fazem parte da história de nossa música, como Candeia, Cartola, Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Nelson do Cavaquinho dentre muitos mestres.


O primeiro Cd lançado pela Turma do Estácio e intitulado “Turma do Estácio canta a Essência do samba” obteve grande sucesso e tem sido responsável pelo sucesso que o grupo vem obtendo. A Turma do Estácio é também responsável pela parte musical das festividades da G.R.E.S. Estácio de Sá.


Mistura Carioca

O cantor e compositor Noca da Portela foi apontado como o melhor show realizado no Mistura Carioca. Um dos nomes mais conceituados do samba brasileiro Noca sempre encanta em suas apresentações. Pertencente a ala de compositores e um dos principais nomes da Azul e Branco de Madureita e um compositor festejado também blocos da cidade – já ganhou samba em praticamente todos eles. Com vários discos gravados Noca vive viajando e se apresentando em diversas cidades do país onde sempre ontem muito sucesso.
Na segunda colocação ficou Aninha Portal


Parada da Lapa

Reinaldo “O Príncipe do Pagode”, que já havia vencido como melhor show da casa em 2009, pelo segundo ano consecutivo é apontado como o melhor show realizado na Parada da Lapa. O casamento entre a casa e o cantor acabou sendo perfeito. Ele sempre se renova em suas apresentações, conseguindo, com isso, além de manter um público fiél ver seus fãs e admiradores se renovarem permanetemente.

Rio Scenarium


Considerado o melhor e mais popular grupo de Brasília o Grupo Samba Choro já tinha dados prova de sua excelência musical quando obteve a segunda colocação na eleição realizada em relação aos melhores shows de 2009, realizada no Rio Scenarium, uma das casas de maior prestígio do Rio de Janeiro. A competência musical do Grupo pode ser comprovado na eleição das melhores apresentações de 2010, quando o Grupo saiu como vencedor.


Uma coisa é certa: musicalidade é que o não falta ao grupo que apresenta sempre um repertório de altíssima qualidade recheado de sambas e choros marcantes em nossa música. Na foto, Marcus, representante do Samba Choro, com troféu na mão e Thiago do Carioca da Gema

Teatro Rival

A alegria, o carisma e energia de Mart’nália encanta por onde quer que ela passe. Seus shows sempre animados e com um repertório de primeira qualidade garantem excelentes apresentações. Exatamente por sua presença de palco e sua qualidade musical a cantora foi a escolhida como o melhor show no Teatro Rival. Uma vitória significativa e expressiva em razão da excelente programação da casa que, apresentou alguns dos principais nomes de nossa música, dente eles, João Bosco, Elza Soares, Beto Guedes, Arlindo Cruz e Geraldo Azevedo, dentre muitos outros.


A trajetória da cantora vem num crescente a cada trabalho que realiza. No momento acabou de gravar o CD ( Mart’nlia em Africa ) que vem obtendo grande sucesso. Antes disso, gravou: Mart’nália (1987); Minha Cara (1997); Pelo Meu Samba(2002); Mart’nália ao Vivo ( Cd 2004) e (DVD 2005); Menino do Rio (2005); Mart’nalia ao Vivo em Berlim CD/DVD (2006; Madrugada (2008).

Teatro Odisséia

Em 2006, um grupo de batuqueiras, a maioria vinda de blocos carnavalescos e oficinas de percussão como o Monobloco, se uniu para fazer uma releitura original do universo musical criado por Chico Buarque. Decidiram interpretar suas canções dentro de uma estética inusitada, com destaque para a formação instrumental tradicional das Escolas de Samba. Surgia, desta forma, o grupo Mulheres de Chico, que passou a fazer grande sucesso na cidade e este ano foi apontado como melhor show realizado em 2010, no Teatro Odisséia.


O grupo se firmou como um bloco no carnaval de 2007, quando aquele grupo de mulhres batuqueirasieiras pegou a contramão da hegemonia masculina no mundo do samba, e decidiu participar do carnaval. Naquele ano, o Mulheres de Chico despetou a atenção dos foliões que assistiram e participaram do primeiro desfile, que aconteceu no estilo concentra-mas não-sai. Desde então, o grupo feminino vem recriando a obra de Chico, e, conseguindo ganhar, com isso, grande visibilidade. Nas apresentações do grupo, é explorado fundamentalmente ritmos nacionais como o samba, o ijexá, o côco, o jongo, a marchinha e até mesmo o funk carioca.

Trapiche Gamboa

O Grupo Galocantô, um dos que mais se firmou na cidade nesta renovação do samba carioca foi apontado como vencedor no Trapiche Gamboa.
O passaporte para o sucesso do Grupo veio em 2006, com o lançamento do primeiro CD, intitulado “Fina Batucada”. A qualidade musical era de tal grandeza, que o Galocantô, foi indicado ao Prêmio Tim 2007 na categoria “Melhor Grupo de Samba”. Avalizado com participações de bambas como Beth Carvalho, Arlindo Cruz e Rildo Hora, além da especialíssima Velha Guarda do Império Serrano.


Atualmente o grupo trabalha a divulgação do Cd “Lirismo do Rio”, com canções inéditas, muitas de autoria dos componentes do Galo e outras de nomes consagrados do mundo do samba.

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