Presidente da Riotur Antônio Pedro tem bens bloqueados
Ministério
Público atravessa
o samba de Antonio
Pedro
que tem bens bloqueados
Secretario de Turismo e
presidente da Riotur teve
bens bloqueados por ter
realizado eventos sem licitação
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Fantasiado no Imprensa que Eu Gamo em 2011 |
“ O samba deste cidadão tem que
atravessar. Ele não pode fazer festinha particular com dinheiro publico”. A
declaração foi feita em diferentes ocasiões pela ex-vereadora Andrea Gouveia
Vieira que recorreu inúmeras vezes ao Ministério Publico, pois não se
conformava com a Riotur e mais particularmente com o secretario de Turismo e
presidente da entidade Antonio Pedro Viegas de Mello. Segundo ela, o dinheiro
público no período carnavalesco, era tratado como os dirigentes da Riotur bem
entendiam, e ações eram executadas sem
licitação e sem que fosse dada qualquer satisfações à sociedade. Ao que parece,
o samba de Antônio Pedro atravessou exatamente às vésperas de um carnaval.
A 5ª Promotoria de Justiça de Tutela
Coletiva de Cidadania da Capital obteve decisão judicial que bloqueou parte dos
bens do presidente da Riotur, no valor equivalente a R$ 2,2 milhões. A decisão
é do desembargador Custódio Tostes. A medida visa garantir a devolução do
dinheiro público por considerar irregular a contratação da empresa L21
Participações Ltda. De propriedade do empresário Luís Calainho para a realização do projeto “Bailes do Rio”,
no carnaval de 2011.
Pelos documentos a empresa recebeu
da prefeitura do Rio, o montante de R$ 2 milhões sem licitação e realizou
bailes com cobrança de ingressos, rendendo à ela R$ 3 milhões. A Promotoria
informou que o evento, apesar de receber verbas públicas, foi explorado
comercialmente em benefício de particulares, com cobrança de ingressos, que
variaram de R$ 130 a
R$ 4,5 mil. Outra irregularidade apontada foi o fato de os eventos, que
inicialmente chamavam-se “Bailes do Rio”, passarem a ser divulgados como
“Bailes Devassa”, o que configura a promoção de uma marca de cerveja.
A empresa L21, onde Calainho é sócio
majoritário, tem sede no endereço da casa dele no bairro de Moema, em São Paulo. Para
complicar mais ainda a situação, a empresa não tem funcionários registrados, e
o capital social é de R$ 1 mil. Para o MP, é evidente a fraude. Além de Antônio
Pedro, Paulo Rocha Villela, ex-diretor de operações da Riotur, e Américo da
Costa Borges, diretor administrativo e financeiro do órgão, também são réus.
Essa foi apenas uma
das muitas denúncias feitas pela jornalista e ex-vereadora Andrea Gouveia
Vieira contra a Riotur. Dentre essa denúncias, estão relacionados 2 milhões
entregues ao pastor Silas Malafaia para a realização da Marcha com Jesus. Andréia fez duras criticas e denunciou também
os milhões gastos para a gravação de Cds e Dvds de cantores, principalmente, os
de samba que mais tarde vieram apoiar a campanha à reeleição de Eduardo Paes.
Na época das acusaações, foram citados os sambistas Dudu Nobre, Diogo Nogueira,
Alcione, Monarco, da Velha Guarda da Portela, e o cantor Buchecha. Todos eles,
teriam sido contratados, em diversas ocasiões
sem licitação, pela RioTur (Empresa de Turismo do Rio de Janeiro) para
fazerem shows gratuitos na cidade, como Terreirão do Samba, Homenagem a São Jorge,
Dia do Trabalho e o Réveillon de Copacabana.
A vereadora sempre pontuou que os
eventos carnavalescos sempre foram feitos sem nenhuma licitação ou prestação de
contas. Uma preocupação de não só de
Andrea Vieria, mas também de outros vereadores é a verba que a Riotur passou a
destinar aos blocos de carnaval sem que ninguém saiba exatamente quais os
blocos são beneficiados e quais os critérios estão sendo usados.